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E, quase que de súbito, parece que os números começaram “a dar certo”, como se diz no Brasil.
- Será?
Vamos conferir:
Menos do que em 2015. Menos do que o orçamentado. Menos, muito menos, do que o PS estimava em Abril de 2015. Mas crescimento…
Pois, cresceu o Consumo Privado acima do Previsto…
E também cresceu o Consumo do Estado, quando se previa que diminuísse…
Não cresceu o Investimento (7,8%, estimado), de facto diminuiu 1%, ainda que tenha crescido 4% no último trimestre…
As Exportações cresceram pouco mais de metade do previsto, mas a “Balança com Exterior” manteve-se positiva…
Coisa nunca vista, há mais de 40 anos!!!!!
O terceiro melhor excedente primário (sem juros) da Zona Euro e o melhor registo versus PIB, 2,5%.
Muito melhor do que o estimado. Uma das maiores descidas da Europa….ainda que ligeiramente acima dos valores médios europeus.
(€8 mil milhões juros anuais…nem a Educação custa tanto…! Um peso insustentável.)
(a Poupança, em Portugal, é negativa!….)
A dívida aumentou, e muito. Só não aumentou a das Famílias (ah! e a das PMEs…!!!).
O contexto em síntese: Mais endivivados, Menos desempregados, Menos défice, Mais consumo, Menos Poupança...Economia a crescer! E assim se gerou o melhor índice de Confiança do consumidor dos últimos… 17 anos!!!!
Tudo isto com a “Esquerda Geringonça” a governar, com direito a selfie (e beijinho?!) com o Presidente Marcelo.
(convenhamos, “isto” era impensável em 2015…é a Economia!….)
Isto está mesmo “dando certo”?
Pode dar… se a Confiança empurrar o Investimento; o Investimento empurrar o Crescimento (saudável); e o Crescimento gerar riqueza suficiente para o serviço da Dívida…e, como somos Pequenos (como País), convinha que os Grandes (e os Emergentes) também dessem um empurrão ou que, pelo menos, não estraguem “a festa”.
VN
Está feito!
Os "Troikos" podem ir embora, ainda que com cautela...
Está feito!
Portugal, público e privado, empobreceu. Ganhamos menos. Gastamos menos. Somos menos.
Trabalhamos mais. Portugal é o quarto país que mais horas trabalha na União Europeia, e em 2012 a nossa hora de trabalho custou €12,1, valor que compara com o custo médio da zona euro de €27,6...menos de metade!!!
Pobrezinhos e honradinhos. Como deve ser.
Está feito!
A dívida pública, que tinha fatia gorda em mãos estrangeiras, agora está quase toda em "mãos nacionais"!
Foi importada. E não importa que esta importação não seja contada quando se contam as importações...em queda!
Está feito!
O PIB já cresce! O desemprego baixa! As exportações brilham!
Até o défice, que continua défice, já nem chega aos 5%...
Está feito!
E Portas, sim Portas, sim, custa até a acreditar que é o mesmo Portas do "irrevogável", que agora anuncia de tribuna e em tribuna que...
"Portugal is back"!
Assim mesmo, em Inglês, não vá o mundo não perceber...
Portas, tal como Portugal, conseguiu. Chegou a primeiro-ministro. A vice.
Está feito!
Com baixas. São assim as guerras. Nunca regressam todos.
Com mais ou menos, com melhor ou pior austeridade, tinha que ser feito, quando se tem uma dívida tão grande e não se gera riqueza.
Está feito!
E está (quase) tudo na mesma.
Os ricos estão na mesma mais ricos. Os pobres estão na mesma. E quem pagou foi a mesma, a classe média.
O estado está no mesmo estado, sem reforma.
Está feito!
Mas a dívida não ficou na mesma: cresceu. E bem. E muito: €84,3 mil milhões, em quatro anos.
Em Dezembro de 2009 a dívida, sem sector financeiro, era de €658,9 mil milhões (391% do PIB) e agora são €743,3 mil milhões (449,5% do PIB).
A administração pública aumentou dívida, as empresas públicas não incluídas aumentaram dívida, as empresas privadas aumentaram dívida, só os particulares, sim as famílias, reduziram dívida.
É uma dívida que brilha...e que gerou o maior retorno do mundo, em Janeiro.
Está feito???
Ou estamos feitos?
Temos que nos livrar do peso da dívida...para sair do fundo.
Não há um fundo para guardar a nossa dívida?
Com esta dívida não é possível crescer, não é possível viver....
Com esta dívida, não há dúvida, que não vamos a lado algum.
E até se "arrumar" a dívida, o melhor é a Troika também não ir...o que resolve, por antecipação, o problema de ter que voltar!
Fontes: Expresso e Jornal de Negócios.
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