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"A ditadura do imediato e do falsamente evidente"
Foi com a ajuda de Henrique Monteiro, na sua crónica de hoje do semanário Expresso, que o acesso ás "Palavras Sábias" de Francisco Assis no Público, motivaram mais este especial do ca$h resto z€ro, que já vai na sua 24ª edição, sobre os regimes: a ditadura e/ou a democracia.
Todos os dias, todos os dias mesmo, há sempre alguém que se mostra preocupado com a democracia (ou com o regresso da necessidade da ditadura!!!) nas páginas dos jornais, nas rádios, nas TVs, nos blogues...e ás vezes, por sortilégio mas também pela qualidade, concorde-se ou não, o ca§h vai guardando (e interrogando) aqui "os contributos".
O Socialista Assis, homem que pensa bem e escreve da mesma maneira, reconciliou o jornalista Monteiro com o mundo, ao escrever:
«A cura para as novas democracias doentes, não reside essencialmente nos chavões mais ouvidos - mais participação, transparência e proximidade - mas na rarefação de políticos suficientemente corajosos para assumirem, com devida ponderação, algum distanciamento crítico face à ditadura do imediato e do falsamente evidente.
Não se afigura possível levar a cabo uma condigna ação política tendo por referência os arquétipos mentais prevalecentes na lógica comunicacional das redes sociais."
Assis faz ainda notar que, tal como em 1935 disse o Checo Husserl, o perigo da Europa é ser vencida pelo cansaço de um espírito crítico culto e exigente.
Num tempo em que um dos indicadores de medida da moda da classe política são os likes nos perfis, é possível que a economia de um país, como Portugal, passe de uma espiral recessiva a uma recuperação fulgurante, num click.
No entretanto, o país, Portugal, passou os últimos dias em mais uma leva de idas ao circo dos casos:
- a discutir a co-adopção, sem que a grande maiora saiba sequer em que consiste!?
(quem paga o referendo desejado?)
- a discutir as praxes, sem que a grande maioria saiba sequer o que é!?
(quem paga o "dossier da praia do Meco"?)
- a discutir Miró, sem que a grande maioria saiba sequer quem é?
(quem paga a propriedade, manutenção e exposição das pinturas do catalão adorado no BPN de Oliveira e Costa?)
Ricardo Costa enganou-se, hoje, no Expresso, ao escrever que esta é "a cultura de um país sem juízo e sem dinheiro". Não, este é um país que teima em se governar sem dinheiro e...SEM JUÍZO.
Temos que acabar com a ditadura do imediato. Será tal possível em democracia?
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