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Vamos deixar de lado a embrulhada democrática em que Portugal está metido, o politicamente correcto que diz que "as legislativas são diferentes das autárquicas" e o CDS-PP que, se o como sempre continuar, não vencerá eleições nacionais nem locais.
Vamos olhar para Aqui e para o PSD Daqui, de Oliveira do Hospital.
O PSD ganhou as legislativas de 2011, com o PS já a tomar conta do poder local, e ganhou as legislativas de 2015 após o PS ter esmagado o PSD nas eleições locais, apenas permitindo que este se sente no executivo do município numa só cadeira.
Em 40 anos de eleições parece evidente que Oliveira do Hospital é laranja, aliás em tempos até se dizia que fazia parte do cavaquistão!
Num contexto político extraordinariamente exigente - nunca um governo tirou tanto dinheiro a cada português - e após anos de pancada do actual executivo municipal no governo central, a Coligação ganhou em 14(!!!) das 16 freguesias do concelho. Com menos votos do que em 2011, mas ganhou…com mais de 5 mil votos.
Ora, esta votação foi uma estalada - PAF! - sem dó nem piedade, naqueles que têm dirigido o PSD local:
PAF! - Deve ter doído, ainda dói, vai continuar a doer.
Como é possível o PSD ganhar duas legislativas em Oliveira do Hospital, no actual contexto político e económico, e, no entretanto, o PSD local sofrer a maior e mais humilhante derrota de sempre nas autárquicas?
Pode existir muita razão, justificação e causa, mas é preciso que os dirigentes laranja locais vão até ao espelho perguntar:
- Diz-me espelho meu, será que o culpado sou eu?
Do outro lado do espelho deve estar José Carlos Alexandrino, a sorrir: o PS com ele ganhou à primeira e “goleou” à segunda, num território pouco dado a votar à esquerda, mesmo que em tons rosa. Ganhou como nunca ninguém ganhou e, dificilmente, o PS, sem Ele, se e quando voltar a ganhar, ganhará assim.
PAF, PAF. No PSD e no PS. Assim bate o "independente" Alexandrino- sem luva branca.
(publicado no jornal Folha do Centro, 13 de Outubro 2015)
A maioria de Nós não quer saber da maioria deles.
Foi este o resultado mais relevante da noite eleitoral de 4 de Outubro.
Quem não votou, se fosse um partido, ganhava a maioria. E a maioria que votou, não quis dar a maioria a quem quer que fosse para governar.
A noite eleitoral do primeiro domingo de Outubro foi uma noite de derrotas.
Perdeu a democracia com tanto voto perdido na maior abstenção de sempre em eleições legislativas, Perdeu a coligação PSD/CDS-PP que perdeu a maioria.
Perdeu o PS que não ganhou a maioria e que viu a outra esquerda ganhar mais peso na maioria da sua esquerda.
Perdeu a CDU que agora está em terceiro à esquerda e perderam os dissidentes "bem pensantes": o Marinho, o Rui, a Ana e a Joana.
Perdeu Portugal que está metido num grande imbróglio político, sob um sufoco económico e financeiro e, não deverá tardar muito, voltará a votar.
Festejaram as meninas do Bloco uma votação record que as coloca no terceiro lugar do pódio partidário e "os animais" do PAN que chegaram à Assembleia, numa noite de chuva de perdas.
A maioria de Nós não quer saber da maioria deles.
(publicado em radioboanova.com, 5 de Outubro de 2015)
ps.: o concelho de Oliveira do Hospital voltou a dizer nas urnas que vota à direita! Tal facto devia fazer pensar os respectivos partidos na razão pela qual, nas Autárquicas, a esquerda ganha e por tantos....
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