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E, quase que de súbito, parece que os números começaram “a dar certo”, como se diz no Brasil.

- Será?

Vamos conferir:

  • Crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) 2016: 1,4% (2% no último trimestre)

Menos do que em 2015. Menos do que o orçamentado. Menos, muito menos, do que o PS estimava em Abril de 2015. Mas crescimento…

Pois, cresceu o Consumo Privado acima do Previsto…

E também cresceu o Consumo do Estado, quando se previa que diminuísse…

Não cresceu o Investimento (7,8%, estimado), de facto diminuiu 1%, ainda que tenha crescido 4% no último trimestre…

As Exportações cresceram pouco mais de metade do previsto, mas a “Balança com Exterior” manteve-se positiva…

  • Défice Público 2016: 2,1%

Coisa nunca vista, há mais de 40 anos!!!!!

O terceiro melhor excedente primário (sem juros) da Zona Euro e o melhor registo versus PIB, 2,5%.

  • Desemprego: 11,1% (taxa homóloga, em Janeiro de 2017, 10,2%)

Muito melhor do que o estimado. Uma das maiores descidas da Europa….ainda que  ligeiramente acima dos valores médios europeus.

  • Dívida Pública 2016: 130,5% do PIB (€241,1 mil milhões)

(€8 mil milhões juros anuais…nem a Educação custa tanto…! Um peso insustentável.)

  • Dívida das Empresas 2016: 143% do PIB (€264 mil milhões)
  • Dívida dos Famílias 2016: 77,6% do PIB (€143,3 mil milhões)

(a Poupança, em Portugal, é negativa!….)

A dívida aumentou, e muito. Só não aumentou a das Famílias (ah! e a das PMEs…!!!).

O contexto em síntese: Mais endivivados, Menos desempregados, Menos défice, Mais consumo, Menos Poupança...Economia a crescer! E assim se gerou o melhor índice de Confiança do consumidor dos últimos… 17 anos!!!! 

Tudo isto com a “Esquerda Geringonça” a governar, com direito a selfie (e beijinho?!) com o Presidente Marcelo.

(convenhamos, “isto” era impensável em 2015…é a Economia!….)

Isto está mesmo “dando certo”?

Pode dar… se a Confiança empurrar o Investimento; o Investimento empurrar o Crescimento (saudável); e o Crescimento gerar riqueza suficiente para o serviço da Dívida…e, como somos Pequenos (como País), convinha que os Grandes (e os Emergentes) também dessem um empurrão ou que, pelo menos, não estraguem “a festa”.

 

VN

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publicado às 19:56

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Não há dinheiro.

Não é o fim, mas deve ser o princípio.

O princípio de tudo: de tudo que se quer, de tudo que se pode, de tudo que se deseja, de tudo que se promete, de tudo que se pensa.

O peso da dívida é imenso, limitativo.

Tanto faz virar para a esquerda reunida como para a direita coligada, temos a dívida que não deixa dúvida: condiciona, tira espaço...não há muito onde por a mão.

O fardo da dívida é pesado, público e privado, generalizado.

O futuro de Portugal, seja perto ou longe, pouco depende de quem governa, pela idiossincrasia da nossa economia (gera pouca riqueza, pequena e com défice de produção "per capita") e pela imensa dívida, espécie de poço da morte que obriga a um haja coração constante e desgastante.

Temos que ter uma ideia de futuro, uma estratégia para o país, que não pode passar por baixar a exigência e o rigor, e tem que passar do fracturante moderno e imediato, por ser tanto, o tanto que temos para pagar.

Não podemos cair no endividados-condenados-desnorteados-coitados; temos que sair do endividados, pelo foco no conhecimento, no trabalho, na inovação, com senso e personalizados.

O mundo está cada vez mais difícil de governar, de equilibrar. Tal como a vida. Portugal faz parte do mundo e da (nossa) vida...e está só um bocadinho pior!

Políticos maniqueístas, suportados em divisões exacerbadas e em pequenos grandes ódios, podem transformar este nosso pior, liderado pela dívida, na nossa tábua de salvação (sonho?) para um futuro melhor: não dependemos deles, dependemos de outros, dependemos de fora.

Nem os da esquerda serão a perdição, nem os da direita foram ou serão a salvação.

É a dívida que nos mata. É a dívida que temos que matar.

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publicado às 18:21

Está feito!?

01.02.14

Está feito!

Os "Troikos" podem ir embora, ainda que com cautela...

 

Está feito!

Portugal, público e privado, empobreceu. Ganhamos menos. Gastamos menos. Somos menos. 

Trabalhamos mais. Portugal é o quarto país que mais horas trabalha na União Europeia, e em 2012 a nossa hora de trabalho custou €12,1, valor que compara com o custo médio da zona euro de €27,6...menos de metade!!! 

Pobrezinhos e honradinhos. Como deve ser.

 

Está feito!

A dívida pública, que tinha fatia gorda em mãos estrangeiras, agora está quase toda em "mãos nacionais"!

Foi importada. E não importa que esta importação não seja contada quando se contam as importações...em queda!

 

Está feito!

O PIB já cresce! O desemprego baixa! As exportações brilham!

Até o défice, que continua défice, já nem chega aos 5%...

 

Está feito!

E Portas, sim Portas, sim, custa até a acreditar que é o mesmo Portas do "irrevogável", que agora anuncia de tribuna e em tribuna que...

"Portugal is back"!

Assim mesmo, em Inglês, não vá o mundo não perceber...

Portas, tal como Portugal, conseguiu. Chegou a primeiro-ministro. A vice.

 

Está feito!

Com baixas. São assim as guerras. Nunca regressam todos. 

Com mais ou menos, com melhor ou pior austeridade, tinha que ser feito, quando se tem uma dívida tão grande e não se gera riqueza.

 

Está feito!

E está (quase) tudo na mesma.

Os ricos estão na mesma mais ricos. Os pobres estão na mesma. E quem pagou foi a mesma, a classe média.

O estado está no mesmo estado, sem reforma.

 

Está feito!

Mas a dívida não ficou na mesma: cresceu. E bem. E muito: €84,3 mil milhões, em quatro anos.

Em Dezembro de 2009 a dívida, sem sector financeiro, era de €658,9 mil milhões (391% do PIB) e agora são €743,3 mil milhões (449,5% do PIB).

A administração pública aumentou dívida, as empresas públicas não incluídas aumentaram dívida, as empresas privadas aumentaram dívida, só os particulares, sim as famílias, reduziram dívida.

É uma dívida que brilha...e que gerou o maior retorno do mundo, em Janeiro.

 

Está feito???

Ou estamos feitos?

Temos que nos livrar do peso da dívida...para sair do fundo.

Não há um fundo para guardar a nossa dívida?

Com esta dívida não é possível crescer, não é possível viver....

Com esta dívida, não há dúvida, que não vamos a lado algum.

E até se "arrumar" a dívida, o melhor é a Troika também não ir...o que resolve, por antecipação, o problema de ter que voltar!

 

 

Fontes: Expresso e Jornal de Negócios.

    

 

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publicado às 23:07

esirc!

24.10.13

Já não suporto ouvir, ler ou escrever a palavra crise. Mas a crise afecta todos e tudo. E para quem escreve, a inspiração é tudo.

Agarrei-me ao anagrama da palavra para a escrever aí em cima, assim, como está.

Bem-feita. Se a crise nos está a virar a vida do avesso também nós a podemos escrever ao contrário.

E hoje vou escrever muito ao contrário. Ao contrário do que (quase) toda gente diz, pensa e concorda.

Preparados? Vamos a isto.

 

1-      Portugal nunca devia ter deixado entrar a Troika.

Em Espanha não entrou. Só uma política desvairada do PS, de Sócrates, e um desejo desvairado pelo poder do PSD, de Passos, nos enTroikou o destino.

Todos sentimos falta de ter Pátria. E saudade.

 

2-      O Euro dos grandes não pode ser igual ao Euro dos pequenos.

Sair do Euro é um salto para o desconhecido que pode acabar mal. É melhor não tentar. Mas para um pequeno competir com um grande tem que se encontrar um “handicap”, caso contrário e ao contrário do que devia ser, ganham sempre os mesmos, ou ganha sempre o mesmo- o que ainda é mais grave. E assim o jogo perde a graça e não tem piada nenhuma.

 

3-      A dívida mata!

Não há austeridade que pague dívidas. O país não tem recursos nem meios para crescer 4%, ou mais, para conseguir pagar o que deve. Ou se apaga parte da dívida do lado do deve e do haver; ou se empurra uma parte da dívida lá para a frente, mas muito lá para a frente, de modo a que nenhum de nós a volte a ver; ou nunca mais saímos disto: falidos para sempre.

 

4-      O défice também mata!

Em democracia, o estado Português nunca foi capaz de fechar um ano com as contas sem défice!!! Assim não dá.

Viver sem défice é reduzir despesa ao estado. Reduzir despesa ao estado é despedir funcionários públicos (que duplicaram em cada década e meia após Abril de 74), baixar salários, cortar subsídios e pensões. E só assim é possível pagar menos impostos.

Públicos e Privados: todos diferentes, todos iguais.

 

5-      Sem mercado interno não há mercado externo que nos valha.

Sim, temos que exportar para ali e acoli. Sem vender aqui, poucos ou nenhuns terão condições para conseguirem que os seus produtos e serviços se vendam longe daqui.       

 

6-      Portugal está a ficar velho e…burro!

Portugal envelheceu muito nos últimos vinte anos. Portugal tem cada vez menos jovens: nascem cada vez menos e dos que nascem muitos vão embora. A emigração está a levar os nossos melhores, os que estudaram. E dos que cá ficam, são agora menos aqueles que em idade de estudar dão continuidade aos estudos.

Hoje a competição é para cavalos! Com burros não vamos lá!

 

Maldita sejas, esirc!   

 

ps.: como aqui se antecipou por escrito, José Carlos Alexandrino ganhou as eleições autárquicas e com maioria. Mas a vitória foi tão grande que, qual sortilégio do diabo, Alexandrino tem pela frente o grande desafio da sua vida: saber ser (tanto) poder.    

 

(publicado no jornal Folha do Centro, terça-feira, 22 de Outubro de 2013)

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publicado às 22:00

Dívida.

 

Conforme dados do Banco de Portugal, em notíca do Jornal de Negócios, em Outubro, pela primeira vez um milhar de grandes empresas passou a estar mais endividada que o conjunto das 321 mil microempresas.

Em síntese, famílias e PMEs estão a reduzir os seus níveis de endividamento por oposição ao Estado e às grandes empresas, conforme revela o boletim estatístico do banco central.

A dívida das empresas representava no final de Setembro cerca de 183,8% do PIB, contra os 179,3% registados no final de 2011. O endividamento do Estado que conta para Bruxelas subiu nesse mesmo período de 108,1% para 120,5%. A dívida dos particulares foi a única que baixou, mas apenas 1 ponto, para 101%do PIB.

Ao todo, a dívida do sector não financeiro português ascende a 437% do PIB.

Precisamos de uma ditadura?

Não sei...ainda que talvez fosse a forma mais fácil de fazer «reset».

Sem um «reset», mais ou menos encapotado entre valores e tempo, Portugal não terá futuro.

Nem salvação(?!).

 

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publicado às 17:52

 

 

 

 

A dívida pública portuguesa deverá ultrapassar os 119% do PIB este ano. Em 2013, será de 123,7%.

 

 

 

 

Um país, com uma dívida deste tamanho colossal, e que gasta mais do que quase todos (valha-nos o Chipre?!) em defesa e segurança!

Um país que "usa" 1182 empresas públicas, 29 mil carros e 356 institutos públicos!

Um país que "suporta" 343 empresas municipais e 13 740 instituições dependentes da boa mesa do orçamento de estado!

Este país tem futuro?

Este país tem solução?

Em democracia, tal como a praticamos hoje, custa a creditar que seja possível, custa a escrever a palavra "sim".

Precisamos de uma ditadura? Volta a custar escrever a palavra "sim".

Podemos pedir uma ditadura suave?

 

 

(Este texto, é o começar de uma série que terá várias edições sob "a capa": «Precisamos de uma ditadura?»)

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publicado às 23:04


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