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Com a ajuda de Pedro Santos Guerreiro, do Expresso, recupera-se o que um dia disse Ricardo Salgado sobre Filipe Pinhal e no que se tinha transformado o BCP:
«numa lamentável comédia que destruiu a um nível sem precedentes o valor do banco que geriram; que pôs em causa a credibilidade do sector e do país; e que envergonhou todos aqueles que empenharam as suas vidas e o seu património numa profissão que faz da discrição e do sigilo, da contenção e da prudência, da fidelidade e do dever fiduciários uma sagrada regra de vida.»
Há quanto tempo estamos a desabar?
Pergunta André Macedo, do Dinheiro Vivo, que nos ajuda a reflectir sobre o momento.
Reputações que se julgavam sólidas desaparecem.
Ontem BEStial. Hoje BESta.
Está toda a gente a controlar os danos.
Quem irá na enxurrada?
Quantas empresas, empresários, empreendedores e empregos irão com a maré vazia e que ainda não parou de vazar?
Já não temos gestores a construir. Temos gestores de falências, especialistas em dívida, economistas...elevados subitamente a banqueiros para aguentar a credibilidade que se perdeu e reparar os danos...limpar a casa.
Não é normal mas fazemos de conta que sim.
É uma espécie de indulgência de fim de regime.
Há uma terrível sensação de que Portugal, nos últimos anos, na última década, tem andado de ressurreição em ressurreição, um fracasso dá lugar a outro ainda e sempre maior.
Suplantamo-nos na mediocridade e no encobrimento.
E as pessoas sentem incrivelmente que é assim que a coisa funciona e...consentem, acomodam, acomodam-se.
Tanta asneira num país tão pequeno.
Chega de mentiras.
E que o banco continue verde, tal como a esperança, que assim não morre.
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