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Por que não se vai embora, Senhor Lopes?
Não tem saída. Ou melhor, só tem uma saída, a saída.
António Lopes, o comunista eleito na lista socialista para Presidente da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, agora destituído, tem que sair.
Sim, tem que sair. “Tem” e não “tinha”. Não basta já não ser Presidente, tem que sair da Assembleia Municipal.
Quem leu, ou quiser ler, o texto aqui publicado em Janeiro, «Alexandrino leu Churchill?» (http://cashrestozero.blogs.sapo.pt/2014/01/), perceberá melhor o racional da opinião.
Quem ouviu, ou quiser ouvir, o que dissemos na Rádio Boa Nova, já sabe a nossa opinião.
Tudo era evidente, tudo estava anunciado. O tempo trataria de dar luz à saída. E deu!?
Claro que a seguir à desgraçada Assembleia de final de ano, teve lugar a sequência do costume: a paz podre; a maledicência, nas conversas que sempre começam com «vou-lhe dizer isto a si, mas não diga a ninguém», e assim se chega aos almoços, hotéis e afins; por fim, as denúncias de ilegalidades e as ameaças com o tribunal.
Não é uma vergonha, é uma tristeza.
Alexandrino, desta vez, “bateu” de forma certeira em Lopes, quando disse que este não pode querer ser Presidente da Câmara, Presidente da Assembleia e líder da oposição. Não pode.
António Lopes pode mudar de opinião, mudar de objectivo, mudar de gosto e/ou zangar-se. Pode. E como pode também deve… assumir as consequências, sair da Presidência – saiu a mal e mal – e sair da Assembleia.
Porquê? Porque recebeu cerca de oito mil votos para ser poder e não para ser oposição, para “ser” do Partido Socialista e não independente e muito menos comunista, porque naquela Assembleia já não é o Presidente e nunca será «o deputado», será «o destituído»!
António Lopes pode ser oposição como cidadão: nos jornais – até tem um – nas rádios, nas TVs e nas redes sociais. Na Assembleia, não. E cá fora pode dizer, fazer e ser o que bem entender…e Alexandrino e o PS que se cuidem.
Se António Lopes sair perde o lugar, mas ganha o respeito da democracia. Se ficar com o lugar, arrisca-se a um dia nem cadeira ter.
E quem deve ser o novo Presidente da Assembleia?
Bem, seria um acto de génio político e de elevação democrática que José Carlos Alexandrino conseguisse que o promissor Luís Lagos, do CDS-PP, ocupasse o lugar.
Pois, e o PS? O PS deixa?
nota: parabéns ao FCOH, de novo campeão e de regresso onde deve competir, nos campeonatos nacionais de futebol sénior.
(publicado no jornal Folha do Centro, em 7 de Maio de 2014)
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