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Há dias que nos encostam à parede.
A pergunta é sempre a mesma e chega sempre em veículo provocador e mais ou menos agressivo: vá, diz lá, como é que “resolvias” o problema do Interior?
Digo sempre a resposta com o mesmo conteúdo.
Nunca digo estradas, emprego, estado ou qualquer coisa que tal, tal como investimento. Sempre digo...Conhecimento!
Isto não é filosofia, nem uma lufada de sofisticada contemporaneidade.
Isto é a realidade, a actualidade.
Responder Conhecimento serve para tudo e (não) serve para nada. Conhecimento é o tudo demasiado próximo de dar o passo em frente no abismo do nada – mas é por aqui.
Tal como é nada dizer que a internet liga o mundo todo ao Conhecimento. A internet ajuda, facilita mas não resolve e assusta, como se notou na recente festa da Web Summit em Lisboa.
O Interior só vai conseguir reestruturar-se, mudar-se, ajustar-se, transformar-se e manter, prender e absorver pessoas, se ensinar, partilhar e desenvolver Conhecimento.
É muito difícil ir por dentro desta necessidade, de quem deseja um Interior com futuro, numa impressão num canto de uma folha de jornal.
Chegar ao Conhecimento não é fácil, é complexo, dá trabalho, é duro.
Se assim é, importa também ser duro na dimensão curta da mensagem: o Interior precisa de uma militância fascista pelo Conhecimento. Assim mesmo. O Interior precisa que cada um dos seus partidários, seja um exemplar de Bolsonaro-em-bom, no respeito pela Bíblia e pela Constituição do Conhecimento.
Ao usar a palavra “exemplar”, surge a sugestão de olhar para Oliveira do Hospital como um exemplar que, em pouco mais de vinte anos, foi palco de criação e desenvolvimento de instituições de Conhecimento como a Eptoliva, a ESTGOH e a BLC3 – sim, é por aqui, é por aqui o futuro!
Esta Visão é de tal modo séria, importante e decisiva, que nenhum de Nós tem o direito de não estar disponível, não contribuir, não ser solidário e honesto para com uma causa comum, que vai para além do que cada um de nós particularmente ambiciona ou deseja, no curto prazo que é o tempo da nossa passagem.
Se o Interior conseguir captar Conhecimento, acreditem que vai chegar dinheiro e não vai faltar estrada para cá chegar. E vai saber bem ficar.
Vitor Neves
(publicado no jornal Folha do Centro, 13 de Novembro 2018)
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