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Miguel Esteves Cardoso, grande caneta que marcou gerações, continua a escrever. Agora está encostado a uma coluna na penúltima página do Público.

Confesso que não os leio regularmente. Nem ao Público, nem ao MEC.

Ontem, no pequeno almoço de hotel, com o jornal metido no meio da mesa do «mata-bicho», conferi a forma da caneta do MEC... que começava por nos lembrar, que o PR se lembrou de nos lembrar que os «portugueses esqueceram o mar, a agricultura e a indústria».

Apesar do «obsceno» da lembrança ter sido feita por quem nos levou ao esquecimento, Cavaco, como bem recorda MEC, o resultado da «miragem europeia» não podia ser outro: já não há dinheiro.

Aqui chegados, com a devida vénia, vamos deixar MEC falar, escrevendo como nos bons velhos tempos:

«Não se fiem na conversa dos serviços e da tecnologia. Agora e na hora do desespero valem a sardinha, a batata, e, caso ainda haja alguns patacos, a exportação de alguns tecidos e sapatos.

Resumo: estamos resumidos ao que Deus nos deu. Sol, oliveiras, carapaus e vinhas.»

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publicado às 11:55

 

Os mal entendidos por existir mais do que uma Maria na terra são tão velhos como a mais velha profissão do mundo.

Importa esclarecer que o José Carlos que protagoniza o título deste texto não é quem pode estar a pensar que seja. Não, não é, o Presidente do município de Oliveira do Hospital. Mas podia ser, como adiante poderemos concluir.

Para começar, o José Carlos de quem falamos é o homem que com um safanão, no último acto leitoral autárquico, empurrou Mário Alves para fora do poder e “ajudou” a sentar na cadeira respectiva José Carlos Alexandrino.

O homem do «Movimento Oliveira do Hospital sempre», independente zangado com o PSD, parecia estar a preparar-se para nova tentativa para deixar de ser o Senhor Vereador e passar a ser o Senhor Presidente, em 2013.

Visto de fora, os ventos políticos locais sopravam a seu favor.

O PSD local mudou de mãos, e o novo homem-forte é o mesmo homem que tinha estado ao lado de José Carlos Mendes nas guerras longas e duras contra o PSD de Mário Alves, digamos assim.

No diz-se disse da política local, ainda que sem aclamações nem unanimidades, dava-se como certo que José Carlos iria enfrentar outra vez José Carlos, mas desta vez sem Alves no meio, e com camisola de toda vida vestida, a cor de laranja.

Estava à vista um derby «PS-PSD» que só por duas vezes não terminou com a derrota do partido da rosa.

No calor do verão, em Julho, tudo mudou.

Mendes, o José Carlos, qual independente, soltou um grito magoado e bateu com a porta nas suas ambições políticas. Retirou-se.

Alexandrino, o José Carlos Presidente, terá coçado a cabeça e questionado: - Agora quem vem aí? Apesar da impar popularidade que desfruta no concelho, a ameaça do PSD aparecer com um nome sonante e baralhar as contas da reeleição podia - ou ainda pode?- ser um caso sério.

Entretanto o PSD local parece mais calmo internamente e mais aguerrido e agressivo externamente, ainda que os ecos da austeridade da governação nacional possam estilhaçar qualquer estratégia local. Mas no Cavaquistão Oliveirense o PSD é sempre candidato a ganhar.

Subsiste entretanto o diabo do detalhe: para o PSD poder derrotar o PS, liderado por um José Carlos que parece ser «o Cavaleiro» do coração do concelho, é preciso ter…candidato. Convenhamos que é estranho constatar que, se as freguesias deixarem, daqui a um ano as eleições já foram, e o PSD ainda não tem candidato!          

E assim é complicado fazer contas.

Talvez tenha sido para fazer bem as contas que José Carlos, o Presidente, foi ao PSD “contratar” Paulo Rocha.

 

(publicado no Jornal Folha do Centro, edição de 26 de Novembro de 2012)

 

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publicado às 11:40

Marcha lenta

27.11.12

...uma marcha lenta em defesa das freguesias em Oliveira do Hospital!

- Vamos ser claros: no país de hoje, com as vias de comunicação de hoje, terrestres e virtuais, não há justificação para existirem mais de 300 concelhos e mais de 4000 freguesias - talvez até não se justifique a existência de freguesias! Assim como também não há justificação para termos mais de 400 deputados (contando os de Lisboa e os das Ilhas).

Mais um pedido da Troika, e mais uma vez o governo baralhou-se e...perdeu-se:

1º Esqueceu-se da redução de concelhos, que consta no memorando assinado com a Troika. Adiado.

2º Esqueceu-se de definir critérios para cortar freguesias e empurrou para baixo o processo de decisão, algo pouco ético mesmo no contexto político.

3º Como em baixo quase não ninguém tomou decisões, o corte foi feito de cima... ás cegas!

O caldo entornou-se.

A marcha lenta não foi em defesa das freguesias.

A marcha foi a prova provada que, enquanto se discute o «á-e-tu-á-quem-está-livre-livre-está» do ir desta para melhor no mundo das freguesias, é o país que está em marcha lenta.

 

(resumo da opinião editada em ca$h resto z€ro/Rádio, segunda-feira, 26 de Novembro, 18:30 em rádio boa nova/ 100.2 e radioboanova.com)

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publicado às 19:40

Pessoas Gift

24.11.12

«Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.»

Oscar Wilde

 

O coliseu do Porto foi o de sempre. Quando está cheio. Quando está bem cheio. Quando está cheio de qualidade.

 

Pessoas do lado de cá, serenas, sorvedoras de emoções. Emoções que nos abanam, que nos atrapalham, que nos engasgam.

Palavras e sons, em harmonia perfeita, imagens de vida narradas pela voz poderosa da Sónia, a fazer do «talvez» do texto promocional o talvez dos instantes das nossas vidas: talvez seja o princípio, talvez seja o fim, talvez.  

Pessoas do lado de cá, postais únicos de quem gosta do acesso difícil ao sublime do que é bom, muito bom.

 

Pessoas do lado de lá, eles, os Gift, a transpirar como se vive em palco, 18 anos depois do primeiro dia. A mesma paixão, o mesmo improviso, a mesma originalidade, a mesma simplicidade, a mesma humildade.... e tudo com um «look» absolutamente e naturalmente saudável.

E talento, muito talento.

Pessoas do lado de lá, que nos fazem bater no peito do orgulho quando sentimos que eles somos Nós, são nossos, de Portugal, daqui.

O Nuno é um génio que nasceu dentro de sons e com sons dentro.

 

O Álvaro, «o gajo do Porto», disse no final: «o país precisa mais de artistas do que de artistas de números»

O país devia viver e ser como os Gift.

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publicado às 12:15

Portugal e Espanha. Vizinhos. Partilham em exclusividade uma península. São países da união europeia, partilham um ideal comum chamado Europa.

Sim? Não?

Vejamos um caso prático:

Portugal, confere o atestado de residência a um estrangeiro que compre um imóvel (casa, terreno etc.) por um valor superior a 500 mil euros.

Espanha, confere o atestado de residência a um estrangeiro que compre um imóvel (casa, terreno, etc.) por um valor superior a... 160 mil euros!!!!

Ora aqui está um belo exemplar do que é a (des)união europeia.

....e hoje não chegaram a acordo sobre o orçamento para os anos 2014-2020. Pois.

 

(resumo da opinião editada em ca$h resto z€ro/Rádio, sexta-feira, 23 de Novembro na Boa Nova/100.2 e em rádioboanova.com)

 

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publicado às 11:29

Greve, não!

19.11.12

Todos temos o direito à indignação, a contestar, a lutar pelos nossos direitos, a clamar pela esperança em dias melhores.

Sim, temos.

Mas a solução não passa por deixar de trabalhar, por fazer greve ao trabalho.

E não vale dourar os argumentos com frases tipo «é uma greve ibérica» ou «somos muitos»! Não é por isso que a greve não deixa de ser «não trabalhar» e...podem ser muitos, mas são quase sempre os mesmos: quase todos da função pública, poucos do lado dos privados.

Sem trabalho é mais dificil chegar à solução.

Para lá chegar há um caminho que temos que percorrer. Fazer greve é deixar de caminhar.

 

(resumo da opinião editada em ca$h resto z€ro/Rádio, segunda-feira, 19 de Novembro, 18:30 - rádio boa nova fm 100.2/radioboanova.com)

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publicado às 18:55

A Vida é Bela suspendeu a sua actividade. Convenhamos, nos tempos que correm não podia outra coisa acontecer.

A Vida é Bela era uma empresa que nos vendia sonhos em pequenas caixas e por poucos euros. Sim, todos podiamos conduzir um Ferrari, ainda que ele não fosse nosso e o tempo do prazer tinha iníco e fim marcados.

Em Oliveira do Hospital abriu um novo supermercado (novas instalações), o que devia ser motivo de festa e orgulho local, dado que a nova superfície comercial é resultado do empreendedorismo de dois homens «da terra», com provas dadas, larga experiência e crescimento sustentado.

A obra demorou meses

A abertura demorou semanas.

Tudo normal.

O que não é normal, é os responsáveis locais só terem dado conta que era necessário alterar o trânsito depois do supermercado ter aberto ao público...em pleno parque habitacional e a poucos metros de uma escola...e tal "feito" ser notícia.

A Vida é Bela. E quando não podemos sorrir...sempre dá para rir.

 

(resumo da opinião editada em ca$h resto z€ro/Rádio, sexta-feira, 17 de Novembro, 18:30 - rádio Boa Nova, fm 100.2/radioboanova.com) 

     

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publicado às 16:11

Ajuda Merkel

18.11.12

Há cerca de ano e meio, estava eu em Oliveira do Hospital e recordo-me de ouvir as pessoas comentar que «Portugal tinha pedido ajuda»... e que o nosso país ia ser ajudado.

No dia em que a Sra. Merkel visita Portugal impõe-se olhar para o resultado da ajuda.

Tendo como referência Oliveira do Hospital, passou todo este tempo de ajuda e constatamos que temos mais desemprego, menos empresas, mais dificuldades, mais desespero, mais lojas vazias e mais placas a anunciar «arrenda-se», «aluga-se», «vende-se».

Enfim, precisamos de ajuda.

- Precisamos mesmo de ajuda, Sra. Merkel.

 

(Resumo da opinião em ca$h resto z€ro/Rádio, edição de segunda-feira, dia 12 de Novembro, 18:30 - rádio Boa Nova, fm 100.2/radioboanova.com)  

 

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publicado às 15:56

On

03.11.12

- Sucumbi.

Nunca fiz parte. Fiquei de parte. Senti-me à parte.

Eis que chega o dia em que tens que entrar. Fazer parte.

Aqui estou eu neste mundo fascinante, desafiador, veloz, perigoso, assustador:  «a net».

E na «net» ter um blogue (ou devo escrever blog?). Ser um no meio de milhões.

No fundo é assim que estamos no mundo e na vida: somos uma unidade no meio de milhões. E não é por isso que não queremos estar, não é por isso que não queremos deixar a nossa marca, não é por isso que deixamos de ter a nossa individualidade.

Dizem-me que os blogues são arquivos mortos de palavras. Que seja. Há sempre um dia que vamos ao arquivo.

Dizem-me que os blogues são diários de vida que num click partilhamos com o mundo. Que seja. Há sempre um dia em que queremos dizer ao mundo que estamos aqui.

Como vai ser o meu blogue? Como todos os outros, só que este sou eu lá dentro.

Um blogue, que tal como o dono, gosta de pessoas. «O gosto», essa expressão-instituição do facebook, vai ser possível dizer, ou não, na página do livro inventado por Zuckerberg.

Faço opinião publicada desde que cheguei aos 18 anos. Aliás, o «ca$h resto z€ro», começou na rádio, em 2011. Palavras faladas «na Boa Nova» do alto da “minha” serra.

Agora o «ca$h» mete-se na floresta de meios dos nossos dias e partilha-se em todo lado! Aqui, na rádio, no jornal, no facebook, partilhamos olhares com a máquina fotográfica das palavras.

Antes de sair do primeiro texto, podia explicar qual a razão de, num instante de inspiração, ter escolhido  «ca$h resto z€ro» como a marca daquilo que escrevo, que digo. É melhor não. Cada um que ajuste a dita razão à sua medida. Talvez um dia…

Desde miúdo que gosto de ter opinião. De a escrever. De a dizer. De a partilhar e confrontar. E continuo a gostar.

- Sucumbi. Está dito.

Começa agora.

Se me assustam os riscos da partida para a esta viagem? Nem tanto.

Tal como outrora, continua a existir o «On»….. e o «Off».  

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publicado às 11:01


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