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Está tudo certo. Quase.
Não há nada de ilegal, de mal ou fatal na união das esquerdas.
Costa não é golpista, nem perigoso, tão só foi disruptivo, inovador e surpreendente... e tomou conta dos acontecimentos - aqui não se julgam carácteres.
É facto que a maioria parlamentar é de esquerda e é contra o governo da coligação de direita - e há outras coisas que os "pequenos" de esquerda também são contra, mas naquelas quintas há contras que são mais iguais do que outros.
E sendo assim o governo pode ser derrubado, cair.
E é bom para a democracia tudo se tornar claro: os de esquerda do lado esquerdo; os de direita do lado direito. De esquerda e de direita ao centro é contra-natura.
Está tudo certo. Quase.
E o Quase é o detalhe que permite e não invalida toda a estratégia de Costa, excepto governar, excepto ser primeiro-ministro.
O primeiro-ministro tem que ser do partido mais votado, não do partido "mais" derrotado.
E no derradeiro momento Cavaco pode rachar os acordos que sustentam o empurrão a Costa e ao PS para o poder, e não deixar.
Cavaco, sendo coerente com o que disse, não deve deixar Costa ser Primeiro sem primeiro ir a votos.
Até lá ficamos a Passos de gestão até às Portas das eleições.
E finalmente Cavaco é Presidente.
Está feito!
Os "Troikos" podem ir embora, ainda que com cautela...
Está feito!
Portugal, público e privado, empobreceu. Ganhamos menos. Gastamos menos. Somos menos.
Trabalhamos mais. Portugal é o quarto país que mais horas trabalha na União Europeia, e em 2012 a nossa hora de trabalho custou €12,1, valor que compara com o custo médio da zona euro de €27,6...menos de metade!!!
Pobrezinhos e honradinhos. Como deve ser.
Está feito!
A dívida pública, que tinha fatia gorda em mãos estrangeiras, agora está quase toda em "mãos nacionais"!
Foi importada. E não importa que esta importação não seja contada quando se contam as importações...em queda!
Está feito!
O PIB já cresce! O desemprego baixa! As exportações brilham!
Até o défice, que continua défice, já nem chega aos 5%...
Está feito!
E Portas, sim Portas, sim, custa até a acreditar que é o mesmo Portas do "irrevogável", que agora anuncia de tribuna e em tribuna que...
"Portugal is back"!
Assim mesmo, em Inglês, não vá o mundo não perceber...
Portas, tal como Portugal, conseguiu. Chegou a primeiro-ministro. A vice.
Está feito!
Com baixas. São assim as guerras. Nunca regressam todos.
Com mais ou menos, com melhor ou pior austeridade, tinha que ser feito, quando se tem uma dívida tão grande e não se gera riqueza.
Está feito!
E está (quase) tudo na mesma.
Os ricos estão na mesma mais ricos. Os pobres estão na mesma. E quem pagou foi a mesma, a classe média.
O estado está no mesmo estado, sem reforma.
Está feito!
Mas a dívida não ficou na mesma: cresceu. E bem. E muito: €84,3 mil milhões, em quatro anos.
Em Dezembro de 2009 a dívida, sem sector financeiro, era de €658,9 mil milhões (391% do PIB) e agora são €743,3 mil milhões (449,5% do PIB).
A administração pública aumentou dívida, as empresas públicas não incluídas aumentaram dívida, as empresas privadas aumentaram dívida, só os particulares, sim as famílias, reduziram dívida.
É uma dívida que brilha...e que gerou o maior retorno do mundo, em Janeiro.
Está feito???
Ou estamos feitos?
Temos que nos livrar do peso da dívida...para sair do fundo.
Não há um fundo para guardar a nossa dívida?
Com esta dívida não é possível crescer, não é possível viver....
Com esta dívida, não há dúvida, que não vamos a lado algum.
E até se "arrumar" a dívida, o melhor é a Troika também não ir...o que resolve, por antecipação, o problema de ter que voltar!
Fontes: Expresso e Jornal de Negócios.
Temos governo!
Fez bem Cavaco ao recuar e em deixar governar quem lá está até ao final da legislatura.
Temos governo?
Vamos esperar que sim, ainda que tantos dias pareça que não.
Temos governo!?
Parece que sim e ainda bem.
Mas custa ver Portas, depois do que fez, tomar conta disto...
(opinião emitida em ca$h resto z€ro/rádio, segunda-feira, 22 de Julho de 2013, em Rádio Boa Nova FM 100.2 e radioboanova.com )
- Um dia um ministro demite-se e diz que falhou. (as demissões foram três, e à terceira foi de vez!)
- Outro dia e outro ministro demite-se irrevogavelmente. (o líder do segundo partido da coligação!)
- Um ministro(a) toma posse, na tarde do mesmo dia.
- O Primeiro-Ministro não se demite. Nem aceita a demissão do líder -agora menos- Popular.
- As taxas de juro sobem.
- A maioria que governa faz as pazes e prepara um novo governo com velhos e novos ministros.
- As taxas de juro descem.
-O Presidente não aceita o novo governo, anuncia eleições antecipadas para daqui a um ano se for "assinado" um acordo a três (PSD, CDS-PP, PS) de salvação nacional.
- As taxas de juro sobem.
- Os três "assinaram" um desacordo de salvação de cada um deles.
- Cavaco, o Presidente, anuncia uma moção de confiança e diz que o governo continua. Tudo como dantes (?).
- As taxas de juro descem... e voltam a ser o que eram antes de Gaspar partir.
- E Portas volta a ser ministro. Sobe a vice.
Um País nada Seguro dá Passos de dúvida para que se abram Portas a melhores dias.
21 dias depois. 21 dias de nada.
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