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Portugal foi a votos. Portugal ficou pior do que estava.
Quem ganhou, não tem maioria para governar. (Passos como Sócrates quando perdeu a maioria... e Sócrates governou até ao dia que Passos deixou...)
Quem perdeu, pode somar votos para governar, a três, em maioria...com ideias que não somam.
Nada faz sentido.
Cavaco, o Presidente, quer um governo com todos, e assim acabar com a alternativa que é base da democracia.
Costa, o derrotado, parece querer(?) ser primeiro ministro, com o "seu" PS que perdeu em toda a linha - nem o PSD ultrapassou na AR - e com o apoio do BE e do PCP...que tanto mal lhe fizeram e dele disseram.
O PCP que não quer a Europa nem o Euro, mas quer o PS no governo!...e um ex-padre madeirense em Belém!!!
Nada faz sentido.
Portugal é um êxito para a política europeia mas um problema económico, com uma dívida pública de 2015 em 130% do PIB, com desemprego elevado, limites de défice ultrapassados, sem crescimento e a dever mais dinheiro ao estrangeiro do que em 2011. E pendurado no benefício do momento de juros baixos e petróleo a preço de saldo.
Nada faz sentido.
Quem ganha deve governar e a maioria só devia ser necessária para três ou quatros decisões de âmbito estrutural.
Assim faria sentido, mas não faz, porque não é assim que está escrito nos livros da lei.
Vamos ter que ir a votos outra vez. Mais cedo ou mais tarde. Que pena não poder ser já...
Portugal não se governa em minoria, e não pode ser governado pela maioria que perdeu.
Não faz sentido. Não é sério.
Portugal governa-se com quem ganha nas urnas: se somar uma maioria, melhor...e mesmo assim, sabe Deus!...
A maioria de Nós não quer saber da maioria deles.
Foi este o resultado mais relevante da noite eleitoral de 4 de Outubro.
Quem não votou, se fosse um partido, ganhava a maioria. E a maioria que votou, não quis dar a maioria a quem quer que fosse para governar.
A noite eleitoral do primeiro domingo de Outubro foi uma noite de derrotas.
Perdeu a democracia com tanto voto perdido na maior abstenção de sempre em eleições legislativas, Perdeu a coligação PSD/CDS-PP que perdeu a maioria.
Perdeu o PS que não ganhou a maioria e que viu a outra esquerda ganhar mais peso na maioria da sua esquerda.
Perdeu a CDU que agora está em terceiro à esquerda e perderam os dissidentes "bem pensantes": o Marinho, o Rui, a Ana e a Joana.
Perdeu Portugal que está metido num grande imbróglio político, sob um sufoco económico e financeiro e, não deverá tardar muito, voltará a votar.
Festejaram as meninas do Bloco uma votação record que as coloca no terceiro lugar do pódio partidário e "os animais" do PAN que chegaram à Assembleia, numa noite de chuva de perdas.
A maioria de Nós não quer saber da maioria deles.
(publicado em radioboanova.com, 5 de Outubro de 2015)
ps.: o concelho de Oliveira do Hospital voltou a dizer nas urnas que vota à direita! Tal facto devia fazer pensar os respectivos partidos na razão pela qual, nas Autárquicas, a esquerda ganha e por tantos....
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