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Para o Coreógrafo a democracia está em risco.
Para o Professor em democracia é possível corrigir.
Para o Jornalista/Escritor a democracia não se governa assim.
Estas opiniões foram publicadas em Portugal nos últimos trinta dias.
Tantos e tão diferentes preocupados com a democracia. Porquê?
Talvez ajude a resposta ler o que se segue...
A democracia está em perigo, ninguém sabe bem o que vai acontecer, os limites foram sendo ultrapassados. Deixámos de investir nas pessoas para investir na imagem do país, para estar ao pé dos outros, para ser parecido com os outros, e esse foi sempre o problema de Portugal. O Portugal de brandos costumes não nos tem ajudado. As pessoas até se mobilizam, mas as manifestações não têm tido um efeito efectivo. Falta uma coisa que rasgue um pouco mais, que agite um pouco mais. As pessoas não vão até onde poderiam ir. Ainda existe medo, ainda existe muito a perder. E, em Portugal, o Estado é ainda muito presente.
Tiago Guedes
Coreógrafo, Teatro Virgínia - Torres Novas
Jornal de Negócios
Há desigualdade no capitalismo? Há.
Mas muitos que dela beneficiam tém-no por mérito (Bill Gates, etc.), não pela força.
E na democracia é possível corrigir muita coisa. Na ditadura nada.
Porque não há equilíbrio mas concentração de poderes.
E já se sabe como é: se o poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente.
Jorge A. Vasconcellos e Sá
Mestre DruckerSchool
PhD Columbia University
Professor Catedrático
Vida Económica
Por falta de conhecimento e já falta de interesse, não discuto a questão de fundo: já sei que os ministros da Educação têm a tentação de lançar avaliações que acabam em rendições e que a Fenprof, por dever de função, é contra toda e qualquer avaliação - seja de professores ou de escolas.
Mas meter doze providências cautelares em doze tribunais, na esperança que apenas um deles - e será suficiente - decida a pretensão da Fenprof de suspender as avaliações, parece-me uma forma esdrúxula de conseguir que a simples opinião de um juiz possa suspender um acto banal de política de um Governo eleito, mesmo que outros onze juízes pensem diferente. Haverá alguma outra democracia no mundo que se governe assim?
Miguel Sousa Tavares
Jornalista, Escritor
Expresso
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