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O interior das guerrinhas do Interior é de um vazio de sentido sem medida.
Ainda há pouco ardemos, mas parece que já esquecemos.
Navega-se pelas rádios, jornais, televisões e redes sociais e…custa a acreditar, a aceitar, a compreender.
O Interior não é isto, mas, infelizmente, também é isto: disputas, invejas, insultos.
Somos cada vez menos. E como somos cada vez menos cada vez somos menos…dos bons! E mesmo esses, os bons, os melhores, deixam que a “Interiorite” se lhes agarre e não se seguram na queda para comportamentos primários, impensados e precipitados.
Há tanto para recuperar, há tanto para fazer, é tão necessário Renascer, que há espaço para todos no tudo que importa (re)conquistar.
Parece fácil, parece óbvio, mas não é.
O Ser Humano perde num instante a racionalidade, perde-se, estupidifica. Mas agora não pode ser, não pode ser! Leram bem? Não pode ser!
Nem que seja só por uma vez, ou só desta vez, precisamos de estar todos do mesmo lado, juntos, unidos, em força, nesta luta contra o esquecimento, contra o desaparecimento.
Não é o tempo, não é o momento para demissões, nem separações.
Este é o tempo de festejar o que Renasce, de ajudar quem precisa de recuperar, de ir até ao fim do mundo para dizer ao mundo que estamos cá, somos de cá e cá vamos continuar a viver.
Vamos lá deixar de disputas sobre quem-é-quem, invejar quem aparece por aparecer, insultar gratuita e violentamente.
Cruzamo-nos todos os dias uns com os outros, frequentamos muitas vezes os mesmos sítios, temos amigos comuns, temos familiares amigos uns dos outros, temos filhos que jogam futebol juntos e, todos, todos sentimos o inferno das chamas empurradas por um vento quente e louco.
Saibamos, então, não ser uma definição de vergonha…e de (mais) tristeza.
- Sabem o que aborrece, entristece e enfurece? É que muitos dos desavindos são gente boa, capaz, com provas dadas e que é precisa!
Apetece bater-lhes! Muito. Pelo bem do Interior.
Vitor Neves
(publicado no jornal Folha do Centro, 30 de Janeiro de 2018)
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