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Todos contra Um.

08.06.17

Eleições-autárquicas.jpg

 

O Poder não mata. Desgasta.

Alexandrino, o Presidente, sabe? Sabe. Mas não quer saber.

O PS sabe? Sabe. Mas não há nada a fazer.

O Homem que está no Poder em Oliveira do Hospital há quase 8 anos, gosta de mostrar que é independente, do PS e da política. E nestes dias de (pré) campanha, falta-lhe manha. José Carlos Alexandrino não é assim.

O também Homem forte da CIM, gosta de fasquias altas, de riscos grandes, de desafios disputados, de impossíveis pouco avisados. Não faltam exemplos: a Estrada, os Médicos, a ESTGOH…e agora a (re)Eleição. José Carlos Alexandrino é assim.

Alexandrino quer ganhar e já disse como quer ganhar: com mais votos do que da última vez, isto é, com um novo “record” de votos. Mais de 8 379 votos… e talvez até sonhe com um 7-0!

O atual Presidente podia não o dizer, ou não o dizer como o diz, mas disse, mas diz.

As eleições autárquicas em Portugal americanizaram-se. O partido conta pouco e as equipas pouco contam. O candidato a Presidente é a cara e o nome da candidatura. Está no cartaz. Está em cartaz.  

Em Outubro, Alexandrino tem tudo para ganhar. E muito para perder.

Pode perder votos.

Pode perder mandatos.

Pode perder-se, se perder a maioria!

E qual a razão para tanto poder perder? O usufruto do Poder.

Todos os candidatos da Oposição vão ter muito para dizer sobre como Alexandrino usou o Poder. Ainda “a coisa” está a começar e já se percebeu que os adversários não vão ser nada dóceis, nada.

Bem vistas as coisas, Albuquerque e Alves, pouco ou nada podem perder. Ganhar para Eles pode ser perder por pouco ou, pelo menos, por menos. Não foram Poder e sempre podem reivindicar o estatuto que a dúvida confere: com Eles no Poder é que era Fazer.   

Alexandrino tem sido protagonista de um discurso pouco político, talvez demasiado autêntico, talvez um bocadinho ingénuo, talvez demasiado emocional. Alexandrino não tem escola de “jota”, o que se nota.

E ainda falta aqui um “como se sabe”. Sim, como se sabe, o usufruto do Poder também ajuda muito a preguiça da democracia, a abstenção: O Homem vai ganhar. Nem é preciso ir votar. E assim se podem perder votos…

Alexandrino podia ter dito que ganhar é ter mais um voto que o adversário, ou qualquer coisa neste registo! Mas, não! Ele quer isto assim, com sal, com provocação, com emoção. E haja coração.

Uma certeza Alexandrino já deve ter: a campanha vai doer.

 

Vitor Neves

(publicado no jornal Folha do Centro, 6 de Junho de 2017)

 

 

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