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Não há dinheiro.
Não é o fim, mas deve ser o princípio.
O princípio de tudo: de tudo que se quer, de tudo que se pode, de tudo que se deseja, de tudo que se promete, de tudo que se pensa.
O peso da dívida é imenso, limitativo.
Tanto faz virar para a esquerda reunida como para a direita coligada, temos a dívida que não deixa dúvida: condiciona, tira espaço...não há muito onde por a mão.
O fardo da dívida é pesado, público e privado, generalizado.
O futuro de Portugal, seja perto ou longe, pouco depende de quem governa, pela idiossincrasia da nossa economia (gera pouca riqueza, pequena e com défice de produção "per capita") e pela imensa dívida, espécie de poço da morte que obriga a um haja coração constante e desgastante.
Temos que ter uma ideia de futuro, uma estratégia para o país, que não pode passar por baixar a exigência e o rigor, e tem que passar do fracturante moderno e imediato, por ser tanto, o tanto que temos para pagar.
Não podemos cair no endividados-condenados-desnorteados-coitados; temos que sair do endividados, pelo foco no conhecimento, no trabalho, na inovação, com senso e personalizados.
O mundo está cada vez mais difícil de governar, de equilibrar. Tal como a vida. Portugal faz parte do mundo e da (nossa) vida...e está só um bocadinho pior!
Políticos maniqueístas, suportados em divisões exacerbadas e em pequenos grandes ódios, podem transformar este nosso pior, liderado pela dívida, na nossa tábua de salvação (sonho?) para um futuro melhor: não dependemos deles, dependemos de outros, dependemos de fora.
Nem os da esquerda serão a perdição, nem os da direita foram ou serão a salvação.
É a dívida que nos mata. É a dívida que temos que matar.
Cultura? Sim, sem medo da palavra. Não se assuste. Siga até lá abaixo.
A Cultura é o que nos diz o que uma coisa é. Você não quer saber o que é? Sabe?
E se lhe perguntarem o que é Oliveira do Hospital, o que é que responde?
Fala-se muito de investimento, de produtos, de turismo, de marca, de promoção, mas o que é Oliveira do Hospital?
Sabe responder?
A melhor resposta passa pela Cultura. A Cultura confere identidade, confere rosto. Só promoção, só diplomacia económica, é positivo, mas é muito escasso…
Ninguém investe sem saber o que é aquilo para onde vai.
Ninguém se muda para um sítio sem saber o que o sítio é.
O Porto, sob a batuta de Rui Moreira e Paulo Cunha e Silva (que infelizmente nos deixou), são um bom exemplo de como a Cultura confere uma identidade e um rosto numa narração de todos em benefício de todos. (escreva no Google: marca Porto)
É preciso olhar, fazer o diagnóstico e fazer terapia.
É preciso fazer do conglomerado de marcas que é uma região, uma região-marca consistente, enriquecida, lógica, forte e apelativa, com alvos definidos e objectivos mensurados.
Estar na moda e estar “in” precisa disto, precisa da Cultura. Dizer, promove a ideia em registo de “sound bite”, mas rende pouco…ou nada.
O vinho, o queijo, a castanha, o xisto, o porco, os monumentos, os fatos, os rios, o ensino, etc., precisam de estar relacionados, de ter uma cola comum que os engrandeça juntos, precisam de uma globalidade que permita dizer o que é.
Não é fácil. Não é instantâneo. Não consente ciumeiras patetas ou quintinhas de protagonismos pessoais.
A chave da solução é a Cultura. É por aqui que passa o grande desafio de Oliveira do Hospital: desenvolver uma cultura de marca que se distinga pela sua identidade global, pela sua Cultura.
Para se dar este salto é preciso sair da caixa, ver mais longe, correr riscos, assumir resistências, chamar as pessoas a contribuir para esta construção.
Só assim o mundo vai conseguir ver o que é Oliveira do Hospital! E vir. E estar. E ser.
Com o poder nas mãos é este o legado que deve importar deixar. Haja cultura para isso.
(publicado no jornal Folha do Centro, 13 de Novembro de 2015)
Está tudo certo. Quase.
Não há nada de ilegal, de mal ou fatal na união das esquerdas.
Costa não é golpista, nem perigoso, tão só foi disruptivo, inovador e surpreendente... e tomou conta dos acontecimentos - aqui não se julgam carácteres.
É facto que a maioria parlamentar é de esquerda e é contra o governo da coligação de direita - e há outras coisas que os "pequenos" de esquerda também são contra, mas naquelas quintas há contras que são mais iguais do que outros.
E sendo assim o governo pode ser derrubado, cair.
E é bom para a democracia tudo se tornar claro: os de esquerda do lado esquerdo; os de direita do lado direito. De esquerda e de direita ao centro é contra-natura.
Está tudo certo. Quase.
E o Quase é o detalhe que permite e não invalida toda a estratégia de Costa, excepto governar, excepto ser primeiro-ministro.
O primeiro-ministro tem que ser do partido mais votado, não do partido "mais" derrotado.
E no derradeiro momento Cavaco pode rachar os acordos que sustentam o empurrão a Costa e ao PS para o poder, e não deixar.
Cavaco, sendo coerente com o que disse, não deve deixar Costa ser Primeiro sem primeiro ir a votos.
Até lá ficamos a Passos de gestão até às Portas das eleições.
E finalmente Cavaco é Presidente.
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ca$h resto z€ro é:
uma marca de opinião com assinatura,
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...e em 2015, uma nova rubrica no facebook, um Olhar, e mais um "record" de visualizações: 2580 (sábado, 15 de Agosto)
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