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Os gregos vão hoje a votos. À frente nas sondagens o Syriza, de Alexis Tsipras, um partido de esquerda anti-austeridade e anti-troika. Em segundo lugar está a Nova Democracia, liderada por Antonis Samaras, o partido que desde 2012 (após vitória tangencial sobre o Syriza) conduz os destino gregos e as negociações com a troika de credores, recusando uma estratégia de choque com FMI, BCE e Comissão Europeia.
A Grécia foi o primeiro país da Zona Euro a ficar excluido dos mercados e a recorrer a um programa de assistência financeira da troika em Maio de 2010 – solicitado na altura pelos socialistas do PASOK, que ganharam as eleições de Outubro de 2009 para revelarem no final desse ano que, afinal, o défice orçamental grego desse ano não ficaria nos cerca de 6,7% projectados pela Comissão Europeia com base em dados do anterior governo, mas seria de 12,7% (foi de mais de 15% do PIB). A partir daí a crise saltou de nível e um ano e meio depois Portugal pedia o seu próprio resgate.
Cinco anos volvidos, contam-se vários planos de austeridade, a maior reestruturação de dívida pública da história, muitas promessas e expectativas goradas entre duras negociações com a troika e uma economia colapsada. Os gregos vão hoje votos, ainda sem um acesso aos mercados garantido, mas com a perspectiva de uma ligeira recuperação após o furacão.
O retrato da economia grega dos últimos anos:
Economia contrai cerca de 25% entre 2009 e 2013.
Mais de um quarto da população activa sem emprego
Peso do investimento no PIB cai para metade
Menos 150 mil pessoas, menos 850 mil empregos desde 2009
Inflação negativa
Dívida pública ainda ameaça
Receita e despesas públicas com forte ajustamento
Défice orçamental com forte ajustamento
Exportações desiludiram
Saldo externo positivo, mas...
Acesso estável ao mercado ainda por garantir
Para saber mais leia mais no blogue massa monetária (Jornal de Negócios) o trabalho de autoria de Rui Peres Jorge:
a-economia-grega-que-vai-a-eleicoes-em-11-graficos
3 minutos. 3 minutos de um outro olhar sobre Portugal com assinatura de Daniel Pinheiro. Para ver e rever.
O Luís Afonso, cartoonista, publicou hoje no Público o que em baixo partilhamos:
O que motivou a inspiração do génio português do alentejo foi a notícia que a seguir se publica, sem mais comentários.
"O grupo dos 1% mais ricos do mundo detém 110 biliões de dólares (81 biliões de euros) e controla mais de metade do património mundial, segundo o relatório elaborado pela Oxfam para o Fórum Económico Mundial, em Davos. 85 pessoas detêm uma riqueza igual à da metade mais baixa da população mundial.
A confederação internacional que procura soluções para a pobreza adverte que os actuais “níveis extremos de concentração de riqueza” ameaçam excluir centenas de milhões de pessoas das oportunidades de desenvolvimento, segundo o relatório elaborado para apresentar em Davos. O Fórum Económico Mundial cita as desigualdades como a segunda maior ameaça à estabilidade.
Se a riqueza detida pela metade da população mundial com menor acesso a recursos é igual à das 85 pessoas mais ricas, o grupo de 1% das pessoas com maior património detém o equivalente a 65 vezes a riqueza da metade mais pobre da população mundial, lê-se.
“Uma certa medida de desigualdade é essencial para induzir crescimento e o progresso, recompensando aqueles que têm talento, conquistam aptidões e a ambição para inovar assumir riscos produtivos”, enuncia o relatório. “Contudo, os níveis extremos de concentração de riqueza que ocorrem hoje ameaçam excluir centenas de milhões de pessoas de se apropriarem dos benefícios dos seus talentos e trabalho árduo”,conclui.
Nas últimas décadas, o mesmo grupo de 1% conseguiu aumentar a sua riqueza em 24 dos 26 países para os quais a Oxfam detém dados relativos ao período de 1980 a 2012. Os mais ricos também estão a sair de forma mais favorável da crise que ocorreu em 2008, sendo que 1% da população dos Estados Unidos da América captou 95% do crescimento gerado desde 2009."
Fonte: Jornal de Negócios
O presidente de uma empresa norte-americana, que se dedica à inteligência emocional, publicou um artigo na rede LinkedIn, no qual identifica vários comportamentos que as pessoas de maior sucesso evitam a todo a custo.
Segundo Travis Bradberry, presidente de uma empresa que se dedica à inteligência emocional, a capacidade de gerir as emoções e manter a calma - quando sob pressão - é fundamental para alcançar o sucesso. Mas há mais: depois de analisar mais de um milhão de pessoas, o cofundador da TalentSmart e autor de um best seller (Emotional Intelligence 2.0) sobre o tema concluiu que a inteligência emocional está diretamente ligada ao sucesso. No artigo publicado da rede de ligações profissionais LinkedIn, o especialista identificou nove características comportamentais dos emocionalmente inteligentes.
Quando se vive no passado, o mais provável é nunca se conseguir seguir em frente. Deste modo, o fracasso pode "minar" a sua autoconfiança e impedi-lo de ser bem sucedido no futuro. "As pessoas emocionalmente inteligentes sabem que o sucesso reside na sua capacidade de ultrapassar o fracasso, e não podem fazer isso ao viverem no passado", explica Bradberry. Apesar dos fracassos já cometidos, é importante as pessoas acreditarem que nada se consegue sem riscos e esforços, acreditando sempre nas suas capacidades de vencer.
Para Bradberry, o foco da atenção determina o estado emocional, ou seja, quando uma pessoa se fixa num problema as emoções serão negativas e stressantes. Esse tipo de sentimentos vai influenciar de forma negativa o desempenho pessoa. Deste modo, ao invés de se "afundarem" nos problemas, as pessoas emocionalmente inteligentes focam-se em procurar soluções para resolverem o problema.
Na pesquisa desenvolvida, as pessoas bem sucedidas não procuravam a perfeição, conscientes de que esta não existe. "Quando a perfeição é o objetivo, a pessoa sentirá sempre a sensação de fracasso, gasta o seu tempo a lamentar o que deixou de fazer e o que poderia ter feito de forma diferente, em vez de apreciar o que era capaz de alcançar", acrescenta Bradberry.
As pessoas que estão constantemente a queixar-se dos seus problemas e que são negativas representam um perigo para o sucesso dos que as rodeiam; Não se preocupam com soluções, apenas pretendem levar alguém consigo "para a cova", de modo a se sentirem melhor. Por estas razões e mais algumas, afaste-as de si. Mesmo que isso o possa fazer sentir-se mal e insensível, "há uma linha que separa emprestar um ouvido simpático e ser sugado para dentro de uma espiral emocional negativa", defende Bradberry.
"Dizer não é realmente um grande desafio para a maioria das pessoas", admite o especialista. Contudo, quando é necessário dize-lo, as pessoas bem sucedidas fazem-no sem rodeios, e de forma direta. A investigação concluiu que a dificuldade em dizer "não" está relacionada com o stress e com a depressão. Ao conseguir dizer esta palavra está a assumir os seus compromissos e a defender o que quer, o que lhe permite alcançar o sucesso.
Quando as pessoas emocionalmente inteligentes se sentem bem, elas não deixam que os outros estraguem essa felicidade com opiniões e sentimentos destrutivos. E também não comparam felicidades. Não importa o que as outras pessoas pensam ou fazem, a sua autoestima vem de si. Tem de se preocupar com aquilo que faz, não com o que os outros fazem.
A investigação concluiu que as pessoas com maior inteligência emocional são rápidas a perdoar, o que não quer dizer que esqueçam. Não ficam a "remoer" o que se passou, mas isso não significa que irão dar hipóteses a um novo erro.
Segundo Bradberry, as pessoas emocionalmente inteligentes sabem o quão importante é lutar para viver no dia seguinte. Deste modo, em alturas de conflito, enfrentam os problemas e não se deixam abater pelas dificuldades. Fazem-no com cautela, controlando as suas emoções e capacidades com sabedoria. Esta é a forma mais eficaz de defenderem o "seu território e saírem vitoriosos".
Tendo e conta estudos realizados, guardar rancor é, na verdade, uma resposta ao stress. Pesquisadores da Universidade de Emory mostraram que o stress contribui para a pressão arterial e para doenças cardíacas. Ao guardar o rancor está a guardar também o stress, e assim, nunca alcançará o sucesso. Ou seja, aprender a libertar-se do rancor não só o vai fazer sentir-se melhor como também vai melhorar a sua saúde. As pessoas emocionalmente inteligentes sabem que devem evitá-lo a todo o custo.
Travis Bradberry
(fonte: Visão)
Haja Saúde! E dinheiro.
Paulo Macedo é, na opinião de muitos, o ministro com melhor desempenho deste governo.
A sua missão é tratar da saúde ao ministério da saúde, que manifesta, faz tempo, sintomas permanentes de descalabro financeiro.
Falta dinheiro, corta-se.
Corta-se tudo e em tudo. Medicamentos, enfermeiros, médicos, centros de saúde, tudo.
Melhora a saúde das contas, piora a saúde das pessoas.
A saúde já teve melhores dias. Agora espera melhores dias.
Sim espera, espera muito, muito e a saúde quando espera, desespera e...morre!
Empobrecer e recuar no tempo é isto: esperar e morrer à porta da urgência.
Indigna a injustiça. Solta-se uma espuma de raiva quando se olha à volta.
É a vida.
Não se revolte, pela sua saúde!
Para ter saúde é preciso ter dinheiro, e o estado português não tem dinheiro e não pode continuar a gastar o que não tem.
E o futuro, como será?
Haja saúde. E veremos.
publicado, em 14 Jan. 2015, na Rádio Boa Nova (www.radioboanova.com)
terceira bola de ouro (2008, 2013, 2014).
o melhor do mundo. outra vez.
parabéns.
obrigado, CRISTIANO RONALDO.
(ver post de 13 de Janeiro de 2014)
2014 chegou ao fim. Aliás, 2014, parece o ano do Fim. O que inquieta e que não se vê qualquer Começo que clame pela nossa atenção, pelo nosso interesse.
Nem balanços, nem inventários. O que se segue são 15 nomes dos dias 2014, para memória futura dos dias que se seguem.
Alemanha - É o nome de um país de gente forte, grande, competente e implacável que gera admiração e susto. Até no futebol. Ganharam o campeonato do mundo e assinaram a maior humilhação calçada de chuteiras: 7-1 ao Brasil e no Brasil. Impressionante, para sempre.
Benfica - É o nome do clube nacional que recuperou a magia das vitórias de outros tempos. O peculiar Jorge Jesus comandou o Benfica nas vitórias do Campeonato, Taça de Portugal, Taça da Liga e Supertaça em futebol. Só faltou a Liga Europa, perdida nas grandes penalidades.
BES - É a sigla de um nome: Banco Espírito Santo. Nasceu na Monarquia, cresceu com a Ditadura, sobreviveu à Revolução e morreu em Democracia, 150 anos depois, a 3 de Agosto. E assim deixou de ser o banco de todos os regimes. O fim de um império, que não pará de gerar queixas e processos judiciais. O colapso de um regime e...da PT. Que estrondo.
Carlos do Carmo - É o nome maior da música de Portugal, o fado, e depois de 50 anos a cantar, A (nossa) Voz recebeu um grammy de "Lifetime Achievement". Nunca tinha acontecido. Merecido. Obrigado.
Citius - É o nome do sítio onde está escrita toda a nossa justiça. A anunciada "revolução" da justiça parou o Citius, e sem justiça não há nada. Uma confusão, um desastre, só equivalentes ao que se (voltou) a passar com a caótica colocação de professores.
Ébola - É o nome do vírus da epidemia de febre hemorrágica que de África alastrou para o mundo e nos voltou a lembrar que, apesar de tanta evolução e tanto aparato tecnológico, a nossa fragilidade é e continua imensa. Em Portugal a Legionela fez de Ébola.
Eusébio - É o nome de um jogador maior de futebol que nos deixou no início do ano, numa partida que comoveu o país e que obrigou o jornal Público a escrever que "Eusébio nunca será suplente na equipa dos melhores de sempre". O Adeus de um Rei. Emocionante.
Fosun Gold – É um nome que resulta de uma "montagem Chinesa". Fosun é um dos nomes dos negócios da China em Portugal. O capital não tem pátria, nem fala línguas. Quem não tem dinheiro, vende-se. Da China, chega quem pode comprar…energia, seguros, e…Novo Banco? Gold é o nome dos Vistos de mais um "negócio da China" de Tugas e também com chineses. Foram detidos o director do SEF, o presidente do Instituto dos Registos e Notariado e o ministro da administração interna; Miguel Macedo, demitiu-se. Nunca um processo de suspeitas de corrupção tinha chegado tão alto no aparelho do Estado. De olhos em bico, Só Visto(s).
Islâmico – É o nome de um autodenominado estado (daesh, em árabe) , mais rico, mais influente e mais cruel que Al-Qaeda de Bin Laden. O Ocidente chocou-se com o terror: execuções colectivas, apedrejamentos, crucificações e decapitações, tudo filmado e exibido no youtube pelos jiadistas…que contam nas suas fileiras com milhares de jovens ocidentais, entre os quais, alguns portugueses. Uma brutalidade sem limites.
Porto. – É o nome da marca em tons de azul e branco de uma cidade bonita à beira-mar. A Europa e o Mundo, com a ajuda decisiva da Ryanair, descobriram o Porto, que ganhou qualidade de oferta, modernidade, urbanidade e cosmopolitismo. E onde tudo é incrivelmente perto e muito mais barato do que em outro destino top da europa. O vinho do Porto também ajudou com a Wine Spectator ao eleger o Dow´s vintage como o melhor vinho do mundo. O Porto marcou o ano do turismo em Portugal. Ponto.
Ricardo Salgado – É o nome do último banqueiro e fica para história como o Espírito Santo que protagonizou o colapso do grupo familiar. Negou culpas, distribuiu responsabilidades, passou de suspeito a arguido e pagou 3 milhões de euros para ficar em liberdade. O ex-DDT (dono disto tudo) foi eleito pela BBC como o pior CEO do ano de todo o mundo.
Ronaldo – É o nome de uma estrela mundial, galáctica. O melhor jogador de futebol português é o melhor do mundo. Símbolo maior do Real Madrid, passou o ano a marcar golos, a ganhar troféus e competições e a bater recordes. Incansável, insaciável, tanto que nem parece lusitano. No final do ano, e ainda antes dos 30 anos, foi à Madeira inaugurar uma estátua. A sua.
Sócrates – É o nome do primeiro ex-primeiro-ministro detido em Portugal. É o nome do preso, que parece andar à solta. 21 de Novembro, meia-noite: o aeroporto de Lisboa era o palco da detenção mais bombástica que este país já viveu. Corrupção, tráfico de influências, branqueamento de capitais e…milhões de euros, são as suspeitas sobre um homem que desperta como ninguém amor e ódio e dá (mais um) trabalho ao juíz mais conhecido em Portugal: Carlos Alexandre. Sócrates não sai dos jornais e das TVs e colocou Évora no mapa de todos os nossos dias. É lá que está preso. Com o número 44.
Troika – É o nome daqueles que foram embora em Maio, a 17. A saída de Portugal foi mais ou menos, dado que voltarão regularmente, mas o programa de ajustamento acabou. Passaram três anos e mudou-se “o gastei isto” para “o poupei isto”. Não se ganhou a independência, porque um país endividado está sempre dependente e enTroikado.
Vladimir Putin – É o nome do novo czar dos russos, que suplantou outros nomes como o do super-papa Francisco – que ajudou Obama a fazer as pazes históricas com Cuba - Dilma, Junker, Malala ou Pablo Iglesias do Podemos. Putin anexou a Crimeia, apoiou os separatistas ucranianos, desafiou a Europa e os EUA e fez ressurgir a guerra fria, agora sem Muro de Berlim. Sanções, fortunas bloqueadas, rublo desfeito, não o assustaram, mas parece evidenciar medo com o preço do petróleo, que está em queda livre – quem diria!?
15. 2015. Um ano, de novo.
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