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O Sinais desta manhã, ditos por Fernando Alves na TSF, inquietaram-se com este livro, que será apresentado amanhã em Oliveira do Hospital.

E há Sinais que são paragem obrigatória!

Jorge Mendes, neste seu mais recente livro aborda a temática do “latim dos arguinas”, e faz um levantamento deste património imaterial centrado numa área territorial do país – do Mondego até ao extremo norte do país, fronteira com a Galiza.

Segundo o autor, objectivo é ir ao “encontro de todas as gírias” existentes nesta dispersão territorial e “encontrar temas comuns” nas cerca de doze linguagens que o autor identifica e que estão na base do glossário que apresenta.

Neste seu trabalho de investigação e recolha, Jorge Mendes dedica várias páginas a este glossário que organizou de forma diferente: parte da palavra portuguesa para lhe atribuir o termo arguina correspondente, o que certamente suscitará o maior interesse.

Este é também um trabalho que aprofunda a temática e contribui para preservar a história e património imaterial, à semelhança do que foi também executado pelo autor Francisco Correia das Neves, no livro “O Verbo dos Arguinas”, e que é até à data a única obra sobre o tema.

 “A Nossa História, os pedreiros e o seu verbo de segredos”, foram a motivação das palavras de Fernando Alves e que se pode e deve escutar no link em baixo disponível. 

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http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=4209782

 

 

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publicado às 09:52

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Ás vezes é preciso acordar o país para lhe dizer que há mais país para além do que normalmente pensamos ser o país que conta. As Aldeias do Xisto são um bom exemplo e a música (jazz) é um bom despertador de sentidos e gostos.

As Aldeias do Xisto oferecem a possibilidade de assistir aos concertos do nosso Ciclo de Jazz e usufruir de um fim-de semana para duas pessoas a preços muito convidativos.

O XJazz- Ciclo de Jazz das Aldeias do Xisto decorre em vários locais do território das Aldeias do Xisto, com concertos e residências artísticas, até Dezembro deste ano.

Desde maio de 2012, este ciclo tem promovido um conjunto de iniciativas com a participação de artistas nacionais e internacionais de áreas tão distintas como a música, o vídeo, a ilustração e banda desenhada e a fotografia, abrangendo uma parcela substancial do território da Rede das Aldeias do Xisto.

Do histórico do XJAZZ fazem parte concertos com nomes como o contrabaixista Ingebrigt Haker Flaten, a cantora Vânia Fernandes em duo com o pianista Júlio Resende, a multicultural Tora Tora Big Band, o trio liderado pelo trompetista Luís Vicente, o duo dos nova-iorquinos Daniel Levin e Rob Brown, os OGRE de Maria João, os Couple Coffe, José Peixoto e António Quintino, Kátia Sá e João Camões.

Em baixo os concertos a que pode assistir e na página aldeiasdoxisto.pt pode escolher os alojamentos onde pretende ficar:

É uma inciativa muito positiva e que combate o esquecimento, a desertificação e o abandono de um património nacional ímpar. A propósito, repomos um texto aqui publicado em 2013. 

 

Xisto assim acaba mal (publicado em 29 de Abril de 2013)

Portugal está velho.

Foi esta a última frase que escrevi nas notas que tirei de uma visita às nossas aldeias turísticas.

Por entre paisagens divinas, aldeias bonitas, cuidadas, arranjadinhas, mas onde habitam cada vez menos, e entre os poucos, (quase) não há jovens:

- As Aldeias do Xisto.

São 27, distribuídas pela região centro e…estão na moda!

O sítio na internet é muito bom, está ser desenvolvida uma rede de lojas ibérica, esta semana é feito o lançamento de uma nova revista, são inúmeros e diversificados os eventos, os caminhos do xisto são cada vez mais, incluindo a recente «rota imperial» entre Aldeia das Dez e Avô.

A promoção da ADXTUR é profissional:

«Na produção gastronómica, no artesanato, no alojamento e na animação cultural, as Aldeias do Xisto destacam-se pela apresentação de produtos, serviços e profissionais de excelência. Das coisas da terra fazem-se novos produtos. Um rio faz-se pista de canoagem. Uma floresta faz-se trilho para caminhadas. Uma tradição antiga transforma-se num evento cultural único. Há praias fluviais de água puríssima, monumentos, castelos e museus para ver. Dá gosto falar com as pessoas e partilhar as suas tradições, artes e histórias….»

Alto. Vamos parar aqui, no «Dá gosto falar com as pessoas…».

Pois dá, dá mesmo. Mas qualquer dia não dá, porque não há.

Não haverá lá pessoas. São muitas as casas vazias, abandonadas.

Os que ficaram, os que restam, estão velhos. São pessoas vestidas de preto, desenhadas pelas rugas vincadas de uma vida dura, de olhar cansado e resignado, encostadas ao xisto da sua solidão, à espera do dia do adeus. Em cada «boa tarde» dos visitantes suspiram. E às vezes sorriem, levemente.

Há uma tristeza de enternecer naquela gente, que sente ser o testemunho final do local onde fizeram toda a vida no cultivo dos campos agora abandonados e onde pariram os filhos que… foram morar longe, e esqueceram-se dali.

Os bancos públicos, os degraus da soleira da porta, são a freguesia onde poisam para, de forma sempre igual, consumir os dias devagar, bastas vezes em silêncio, aconchegados no corpo outrora vigoroso e que agora já pouco deixa fazer. E quando assim é, o que havia para fazer está feito. - Todos nós morremos um bocadinho antes do tempo, dizia o saudoso escritor Eduardo Prado Coelho.

Sem pessoas não restará nada.

Nestas Aldeias, tal como na vida, mais dia menos dia, (X)isto acaba mal.

 

(publicado no jornal Folha do Centro, terça-feira, 23 de Abril de 2013 )

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publicado às 10:20

Sorte dos Cães

22.10.14

Um dos mais ternurentos livros que li na vida foi escrito por Manuel Alegre: Cão como Nós. Gostei tanto do livro que, por alguns dias, andei às voltas com o pódio dos meus animais preferidos: o cavalo ou o cão?!

Serve este parágrafo para substância de manifestação de interesses. Em frente.

A imprensa tem noticiado nos últimos tempos que já existem mais cães do que crianças nas famílias portuguesas! A revista Visão chamou-lhe « “Os novos filhos” de estimação».

Nestas páginas temos feito eco do drama da baixa de nascimentos em Portugal (e na Europa), promovemos a natalidade e defendemos a continuidade dos humanos. É nosso entendimento que um dos maiores dramas da actualidade em Portugal é a perda de juventude e a perda de população- falta gente.

Mas como colocar na agenda um tema de médio prazo numa sociedade que vive do imediato, do momento e do instantâneo? Não se pode desistir…

…pois podemos estar a comprometer irremediavelmente a nossa recuperação económica e a nossa continuidade como país. O assunto é sério e grave. Até o governo já deu conta, imagine-se! Cada filho passou a valer 0,3 no calculo do IRS! Ridículo, se não fosse dramático. Mas é um sinal.  

Os argumentos para não ter filhos são os conhecidos. Falta tempo, falta dinheiro, em resumo, não há condições!!??

Pelos vistos, estes argumentos não se aplicam quando se fala em ter cães. Não falta tempo, não falta dinheiro, há condições!!??

Dos cães não se sabe o que pensam, como pensam, o que sentem. Quem os conhece diz que são capazes de um afecto absoluto que vai par além da racionalidade. E que podem ser os nossos melhores amigos.

E os filhos, não?

Outro argumento: os cães ajudam a combater a solidão. Tenho lido argumento semelhante sobre o facebook. O cão às lambidelas por todo lado e o facebook nos olhos para espreitar a vida dos outros e… adeus solidão!

Quem precisa de um cão (ou do facebook) para combater a solidão, não está só, está perdido e perdeu-se. Ou muda de vida, ou acabou-se. Não vive, existe.    

Há de facto muitas semelhanças entre um filho e um cão, muitas mesmo, mas há uma diferença que encosta todas as semelhanças: Não há um único cão que aprenda a dizer «Mamã» e «Papá». Nem um.

Descansem os fundamentalistas do Eu. Claro está que cada um é dono e senhor da sua liberdade de opção e de gerir as suas circunstâncias. No entanto, convém não esquecer que só o podem fazer porque um dia nasceram.

Ah! E os cães? Se, por absurdo, acabarem os filhos quem vai tomar conta dos cães?

Que tal combater o nosso excessivo comodismo, o nosso soberbo egoísmo adoptando a obrigatoriedade de em cada casa existir um filho por cada cão?!

Pode parecer estúpido, mas talvez assim se invertesse a perda humana e se garantisse a sorte dos cães.

 

ps: Homenagear Belmiro de Azevedo e a Irsil (Fernando Silva e José Silva) no mesmo dia, foi uma ideia feliz, inteligente, merecida e sem ponta possível de questão e/ou contestação.

Chapelada para José Carlos Alexandrino.

 

(publicado no jornal Folha do Centro, 22 de Outubro, 2014)

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publicado às 09:25

Verdade do Vinho

13.10.14

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Podemos começar por dizer que é serviço público!?

Podemos começar por dizer que é Portugal e o seu melhor!?

Podemos começar por dizer que é um programa de cultura, de saberes, de conhecimento!?

Sim, podemos! É verdade - Verdade do Vinho.

Oferta da RTP, no canal 2, à terça-feira, depois das 22h 45min, durante 25 minutos multiplicados por 13 vezes - já lá vão 2 episódios. 

As vinhas, as adegas, a gastronomia, os especialistas, o enoturismo e o belo, sim o belo, da paisagem. 

A magia do vinho servida num copo de formação e informação, que faz valer a pena ver televisão...

e a Verdade do Vinho.  

Sónia Araújo (que dá suavidade ao programa) e Luís Baila (que destila conhecimento e paixão), são os guias de viagens bonitas e que, ainda que por instantes, nos reconciliam com Portugal e até com a vida.

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publicado às 23:31


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