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O verão, também o verão, parece de pernas para o ar, de tal maneira o ar é fresco.

Ainda assim, três olhares de verão em formato de sugestão. E provocação, para o tempo livre. 

 

 

 

 

 

 

 

 

São as figuras do Verão 2014. São figuras do ano, de sempre, para sempre. 

Um em Portugal, Ricardo Salgado, outro em Espanha, da Catalunha, Jordi Pujol.

Homens de milhões, sucumbiram nos milhões, pelos milhões.

Leia tudo sobre eles. E sobre a queda.

 Sugestão: "O último banqueiro", Maria João Babo e Maria João Gago, Lua de papel.

 

É um novo valor da música nacional com um inspirado nome de Capicua. "Vayorken" (Nova Iorque na linguagem de criança Ana Matos) é a música do Verão 2014, do álbum Sereia Louca.
Para ouvir, ouvir... e ir.
 
Quadrilha
Carlos Drummond de Andrade
           

João amava Teresa

que amava Raimundo  

que amava Maria

que amava Joaquim

que amava Lili  

que não amava ninguém.  

João foi para os Estados Unidos,

Teresa para o convento,  

Raimundo morreu de desastre,

Maria ficou para tia,  

Joaquim suicidou-se

e Lili casou com J. Pinto Fernandes  

que não tinha entrado na história

 

É o poema do verão.

É um poema, podia ser uma fotografia. Uma fotografia deste verão. Ou uma provocação, em poema. O poema da Quadrilha...

...do Verão.  

 

 

 

 
 

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publicado às 16:01

Emído Rangel

13.08.14

Emídio Rangel (1947-2014)

Tinha 66 anos. Fundador da TSF e antigo director-geral da SIC e da RTP ajudou a revolucionar a rádio e a televisão em Portugal.

 

Rangel começou a sua vida profissional na rádio, em Angola na década de 60. Veio para Portugal já depois do 25 de Abril, formou-se em História. Esteve 12 anos na Radiodifusão e em 1988 fez parte da equipa fundadora da TSF.

Com o lançamento da televisão privada, Francisco Pinto Balsemão convida-o para director de Informação da SIC. Ali, acumulou depois também as funções de director de programas e assumiu o cargo de director-geral. Levou o canal à liderança das audiências num caminho fulgurante, chegando mesmo a mais de 50%.

Em 2001, passou para a RTP, para exercer funções também como director-geral. Acabou por sair no ano seguinte, regressando à rádio, como consultor da TSF, para desenhar o relançamento da estação noticiosa.

 

Desde então integrou diversos projectos, boa parte deles para Angola, e em Portugal esteve na preparação de uma das propostas para o quinto canal em sinal aberto que deveria ter sido lançado com a TDT – Televisão Digital Terrestre.

 

CRIADOR, VISIONÁRIO, INOVADOR, REVOLUCIONÁRIO! Há homens assim. Depois de passarem por aqui nada volta ser como dantes. E, quando assim é, valeu a pena ter vivido e obriga a que cada um de nós diga «Obrigado».

(o autor deste blog teve a felicidade de privar com Emídio Rangel e, ainda que recorrendo a lugares comuns, atreve-se a qualificar a perda de Rangel para a Rádio e Televisão em Portugal, no mesmo patamar das perdas de Eusébio para o futebol ou de Amália para o fado: Pessoas únicas, irrepetíveis.)  

 

 

Dito...

Recentemente, o historiador José Pacheco Pereira disse que “quando se fizer a história do jornalismo em Portugal”, além de Vicente Jorge Silva, nela teriam lugar de destaque Francisco Pinto Balsemão e Emídio Rangel.

Francisco Pinto Balsemão diz lamentar a perda de Emídio Rangel e "sublinhar o papel fundamental que teve na história da rádio e da televisão privadas em Portugal, nomeadamente na construção da SIC".

David Borges, antigo director da TSF, disse aos microfones da rádio que Rangel não foi apenas o fundador, mas sim o “criador”. Porque foi ele quem a “desenhou na sua cabeça e depois concretizou. Ao criar a TSF desenhou um novo paradigma da comunicação portuguesa.”

O jornalista recorda-o como uma pessoa “muito à frente do seu tempo” e diz que o fundador da TSF funcionava com base “em duas coordenadas”: como abordar um assunto que ainda não tenha sido falado ou como fazê-lo de forma diferente.

“Há um momento antes e um momento depois de Emídio Rangel” na comunicação social em Portugal, afirmou José Fragoso, antigo director da TSF àquela rádio, que está hoje a fazer uma emissão especial sobre o seu criador. O jornalista, que já passou também pela SIC, RTP e TVI com cargos de direcção de informação e de programas, considera Rangel um “visionário”, o “acelerador de partículas contra o cinzentismo da comunicação que se fazia em Portugal e contra o monopólio das rádios”.

Destaca o “carácter inovador” que Rangel imprimiu à TSF e depois também na informação da SIC, poucos anos depois. E lembra a iniciativa de enviar jornalistas para cenários de conflito e para grandes acontecimentos internacionais quando o resto da comunicação social estava ainda mergulhada num “atavismo”. Uma “vontade férrea de estar onde a coisa acontecia” que a TSF sintetizava na sua assinatura sonora “Vamos ao fim da rua, vamos ao fim do mundo”.

Numa nota no site da Presidência da República, Cavaco Silva lembra o “largo percurso profissional” de Rangel, cujo nome fica “ligado aos novos rumos do audiovisual em Portugal, tendo marcado com o seu exemplo várias gerações de jornalistas”.

O actual director-geral de Conteúdos da RTP, António Marinho, destacou na RTP Informação a capacidade de liderança de Rangel, um homem “muito sanguíneo” que “revolucionou completamente a comunicação social, quer na rádio, quer na TV”.

 

Fonte: vários

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publicado às 17:30

Durante o fim de semana deu-se o milagre.

Domingo à noite, pertinho das 23h, sim, já eram quase 11 da noite!!!

Um Senhor, Carlos Costa, de cabelos brancos, com ar de cansado, voz tropeçante, deu a conhecer o banco bom (NOVO BANCO), o banco mau (BES) e até o vilão (quem?).

Assim, num instantinho!

 

Um banco novo;

Um presidente, Vitor Bento, que era presidente do banco que agora é nome do banco mau e que agora é presidente do banco bom;

E dinheiro. Dinheiro de um fundo, detido por todos os bancos nacionais, que resolve e se chama Resolução, como não podia deixar de ser, e dinheiro, muito dinheiro, da linha da Troika, que "só" vai custar 2,95%.... 

 

O Banco de Portugal partiu o BES em dois.

De um lado ficou um banco com os activos de qualidade e que terá um imaginativo (e transitório?) nome de NOVO BANCO. O outro banco será um "bad bank" que vai agregar todos os activos tóxicos do antigo BES, tais como os créditos concedidos às holdings da família Espírito Santo.

É uma solução engenhosa porque protege os clientes e depositantes do banco e porque separa o risco soberano do risco bancário. Mas é uma solução injustamente dolorosa porque aplica o mesmo castigo (perda total de património) à família, aos grandes e aos pequenos accionistas, muitos deles pequenos aforradores, clientes ou trabalhadores do banco. Ser pequeno accionista em Portugal é....

Na banca Tudo É Possível.

 

A solução, apesar de tudo, parece a menos má e o BES era tão grande que tinha que ter solução.

 

7 questões, 7 e qualquer coisa, para o tempo responder:

  • como se justifica que ninguém do governo tenha dito uma palavra e tenha sido o Banco de Portugal a anunciar um empréstimo feito pelo Estado? E o anúncio tinha que ser como foi, tipo América Latina e de fazer inveja a Chávez?
  • se tudo indica que há fraude, até Carlos Costa o "disse", como é que ainda ninguém foi detido?
  • os bancos que se responsabilizam pelo empréstimo da troika ao Fundo de Resolução não exigem uma garantia do Estado?
  • os credores que foram exilados no “banco mau”, mas que fizeram operações com o BES, vão aceitar agora perder o seu dinheiro sem levarem a tribunal o Estado ou o NOVO BANCO? E os pequenos accionistas?
  • o estado vai emprestar dinheiro a um Fundo que não tem recursos próprios e não tem uma palavra a dizer sobre a condução e estratégia das operações financeiras?
  • alguém acredita que tudo fica na mesma e que não vai haver despedimentos?
  • e se ninguém comprar o NOVO BANCO, quem vai pagar a conta?

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publicado às 22:02


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